Thursday, November 27, 2008

ARROGÂNCIA

Um calouro muito arrogante, que estava assistindo a um jogo de futebol, tomou para si a responsabilidade de explicar a um senhor já maduro, próximo dele, por que era impossível a alguém da velha geração entender esta geração.

-Vocês cresceram em um mundo diferente, um mundo quase primitivo - o estudante disse alto e claro de modo que todos em volta pudessem ouvi-lo.

-Nós, os jovens de hoje, crescemos com televisão, celulares, aviões a jato, viagens espaciais, homens caminhando na Lua, nossas espaçonaves tendo visitado Marte. Nós temos energia nuclear, carros elétricos e a hidrogênio, computadores com
grande capacidade de processamento e ... - fez uma pausa para tomar outro gole de cerveja.

O senhor se aproveitou do intervalo do gole para interromper a liturgia do estudante em sua ladainha e disse:

-Você está certo, filho. Nós não tivemos essas coisas quando nós éramos jovens... por isso nós as inventamos.
E você, um porqueira arrogante dos dias de hoje, o que você está fazendo para a próxima geração?

Foi aplaudido ruidosamente !


Que tal desenvolver a compaixão?

"Aprender a resistir na época de frustração, sofrimento e tristeza faz parte do nosso treinamento em serviço. Tais experiências, embora muito difíceis de suportar na ocasião, são exatamente aquelas que ampliam nossa compreensão, edificam nosso caráter e fazem aumentar nossa compaixão pelos outros.”



Elder Joseph B. Wirthlin – Aconteça o Que Acontecer, Desfrute – A Liahona Novembro 2008

Friday, November 21, 2008

Questão de poucos graus


Em abril desse ano (2008), assisti um amigo discursar... ele relatou uma história que me chamou a atenção...

Em 1979, um grande avião de passageiros com 257 pessoas a bordo partiu da Nova Zelândia para um vôo turístico para a Antártida. Sem que os pilotos soubessem, porém, alguém havia modificado as coordenadas do vôo em apenas dois graus. Esse erro colocou a aeronave 45 quilômetros a leste de onde os pilotos achavam estar. Ao se aproximarem da Antártida, os pilotos desceram para uma altitude menor a fim de que os passageiros pudessem apreciar melhor a paisagem. Embora fossem pilotos experientes, nenhum dos dois havia feito aquele vôo antes, e não havia como saber que as coordenadas incorretas os colocaram diretamente no rumo do monte Erebus, um vulcão ativo que se eleva da paisagem gelada até uma altitude de mais de 3.700 metros.

Naquele vôo, o branco da neve e do gelo que cobriam o vulcão se mesclou ao das nuvens, dando-lhes a impressão de que voavam sobre terra plana. Quando os instrumentos soaram o alarme de que o solo estava erguendo-se rapidamente em sua direção, era tarde demais. O avião se chocou contra a encosta do vulcão, matando todos a bordo.

Foi uma tragédia terrível provocada por um pequeno erro: uma questão — de cálculo — de poucos graus.

A diferença entre a felicidade e a infelicidade para pessoas, casamentos e famílias muitas vezes se resume a um erro — de cálculo — de poucos graus.

Suponhamos que tivessemos que decolar de um aeroporto localizado sobre a linha do Equador, com a intenção de dar a volta ao mundo, mas fossemos desviados do curso em apenas um grau. Quando voltassemos para a mesma longitude, a que distância estariamos do curso certo? Alguns quilômetros? Cem quilômetros? A resposta talvez nos surpreenda. Um erro de apenas um grau iria desviar-nos quase 800 quilômetros do curso, ou seja, uma hora de vôo para um avião a jato.

Ninguém quer terminar a vida em tragédia. Muitas vezes, porém, tal como os pilotos e passageiros daquele vôo turístico, saímos para o que supomos ser uma viagem emocionante, para perceber, já tarde demais, que um erro — de cálculo —de uns poucos graus nos colocou no rumo de um desastre espiritual.

Extraído e adaptado de um discurso de Dieter Utchdorf. Quer saber mais ?

Click Questão de poucos graus

Monday, November 17, 2008



Mais uma do Jabor... difícil não concordar!


- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. ..
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.
- Brasileiro é um povo alegre. Mentira
. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.

Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

-
Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira
.

Brasileiro é vagabundo por excelência.

O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.

Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.


- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.

Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da
Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense !

O famoso jeitinho brasileiro.

Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?? ?
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.

Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro !?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.

Puxa, essa eu não vou nem comentar...

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.

Para finalizar tiro minha conclusão:


O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

Monday, November 10, 2008

Ao meu amor,

Houve um tempo em que o tempo passava sem pressa; havia tempo para que o tempo usasse o tempo que fosse necessário.

Naquele tempo o tempo parecia interminável, infinito; pois os dias pareciam ter mais que 24 horas, o entardecer tingia o céu com seus matizes escarlates despertando em meu coração os mais profundos e pungentes sentimentos.

Houve um tempo onde a melodia dos pássaros se fazia mais presente e constante que o ronco dos motores e os desafinados tons das buzinas.

Víamos mais arco-íris, sentíamos o cheiro da terra molhada no início de cada chuva, o sabor das goiabas colhidas ali mesmo no pé e o frescor da natureza nos ventos primaveris.

Houve um tempo de super heróis, super poderes, super velocidades e vilões que, no fundo, só queriam se fazer notar e ter o carinho e a aceitação da sociedade.

Houve um tempo de incontáveis olhadas no relógio, contando cada segundo que faltava para o próximo encontro, o próximo abraço, o próximo beijo...

Mas esse tempo não existe mais; na verdade ele só continua a viver em minha memória a cada vez que lembro do teu sorriso adolescente e do teu olhar de esperança no futuro, no tempo em que o tempo seria só nosso!

Um tempo para mãos dadas, para sorrisos e gargalhadas sem motivo; tempo para pedir que o tempo passe mais depressa quando estou longe de ti para que sobre mais tempo quando estou contigo.

Mas parece que esse nosso companheiro constante (o tempo) adora nos pregar peças e tem como ponto fraco o egoísmo, porque sempre quer mais tempo somente para si, roubando de nós o precioso tempo com quem mais amamos...

Sonho com o tempo em que o tempo deixará de existir, em que os dias não serão mais em horas e sim em períodos de tempo sem tempo ou pressa para acabar; sem início e sem fim, apenas com todo o tempo que o tempo tem e muito mais; pois assim é o amor: Eterno, Atemporal, sem inicio de dias ou fim de anos; tempo que não se conta; se vive !!!

Amo você...

Wednesday, August 27, 2008

"Concordo com você na idéia de juntarmos as forças, pois esse Mercado é Nosso e precisamos salvá-lo"



Interessante o ponto de vista desse meu colega:


"Ponto de partida perigoso, cumpade! E um tanto equivocado. O mercado automobilístico não é uma propriedade dos metalúrgicos ou dos vendedores de concessionárias. O mercado editorial não é propriedade do Rubem Fonseca, do João Ubaldo, do Paulo Coelho ou da Bruna Surfistinha. Nem do gerente da Siciliano. A oferta e procura de táxis na cidade não é da alçada do motorista do ponto perto da minha casa ou do frentista do posto em que ele se abastece. O mercado de alimentação não é propriedade do Chiquinho, garçom do Eskina Grill nem do cozinheiro que faz aquele fantástico contra com legumes no Giló.

Nenhum mercado é propriedade de parte dos profissionais que atuam nele. A frase já era perigosa e equivocada no formato em que foi inventada, há uns vinte anos: “A profissão é nossa”. Já não era verdade e conduzia as pessoas a enganos nesse formato. Ampliada para “O mercado é nosso”, se torna só um equívoco maior.

Acho que podemos e que devemos sempre tentar salvar o chamado “mercado”. Mas achar que ele é “nossa propriedade” nos leva a acreditar que é nosso direito sagrado MANDAR no mercado, DECIDIR o bem e o mal e, principalmente, autorizar ou proibir a participação de outras pessoas no “mercado” e nas decisões do “mercado”. Se cada simples atuante desse mercado acredita nessa propriedade e se norteia por essa idéia, imagine a plenipotencia que um PRESIDENTE, chefe em comando “eleito” desse mercado, não irá presumir.

E é disso que estamos tratando, não? Supostos proprietários de um mercado que tomam decisões autoritárias a seu bel prazer. Ora, se somos donos do mercado, o chefe dos donos é dono dos donos. Nada a estranhar. Nada a reclamar.

Obs.: Sou antiguinho. Os substantivos e adjetivos estão no masculino como uma generalização, como se usava antes de importarmos as bobagens politicamente corretas dos americanos. Como não tenho muito saco para aquele papo de “o profissionial ou a profissional”, “o ator ou a atriz”, “o chefe ou a chefe”, generalizo da forma como se fez durante séculos na Língua Portuguesa."

Nelson Machado

Wednesday, August 13, 2008

Pai, com fome!


Ricardinho não aguentou o cheiro bom de pão e falou:

-Pai, com fome!

O pai, Agenor , sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência...

- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu com muita fome, pai!

Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente...

Ao entrar dirige-se a um homem no balcão:

-Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!

Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho...

Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF (Prato Feito), arroz, feijão, bife e ovo...

Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua...

Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá...

Lágrimas rolavam por sua face já na primeira garfada...

A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades...

Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:

- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!?!

Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer...

Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho...

Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas...

Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório....

Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de pequenos 'biscates aqui e acolá', mas que há 2 meses não recebia nada...

Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias...

Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho...

Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homem sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso...

Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores...

No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho; Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia estava ajudando...

Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele chamava-o para ajudar aquela pessoa...

E ele não se enganou; durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres...

Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar...

Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta...

Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula...

Agora Agenor, ou melhor; Dr. Agenor Baptista de Medeiros , advogado, abriu seu escritório para seu primeiro cliente, e depois outro, e depois mais outro...

Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante em seu primeiro terno...

Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço...

Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho , o agora nutricionista Ricardo Baptista...

Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um...

Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido...

Ricardinho , o filho mandou gravar na frente da "Casa do Caminho", que seu pai fundou com tanto carinho:

"Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!"

Tuesday, August 12, 2008

CARTA AOS PAIS

Não podes viver a esmo, numa estrada indefinida.

Um pai tem obrigações das mais nobres que há na vida.


Meu irmão, em tua casa, nas ternuras dos filhinhos,

Personifica o bom-senso entre os beijos e os carinhos.


Por enquanto, a Terra inteira inda é um mar encapelado.

Se não dominas a onda virás a ser dominado.


Entende a luz do caminho.

A tua finalidade não é somente a da espécie

Nas lutas da humanidade.


Exige-se muito mais dos teus esforços no mundo,

Recebeste de Jesus um dom sagrado e profundo.


Se a missão das mães terrestres é conduzir e ensinar,

O teu trabalho é de agir no esforço de transformar.


Não olvides teus deveres na esfera da educação,

Fazendo de tua casa a escola de redenção.


Um pai que deixa os filhinhos abandonados ao léu

Não corresponde no mundo à confiança do céu.


Cuida bem dos pequeninos.

A educação tem segredos que devem ser estudados desde os tempos dos brinquedos.


A tua função no lar não é somente prover,

Mas adotar providências, procurando esclarecer.


Ensina os teus a gastar.

Quem vive muito à vontade pode encontrar a miséria no fim da ociosidade.


Gastar somente o que é justo é ser prudente e cristão.

Quem gasta o que não é seu faz dívidas de aflição.


Luta sempre, mas se os teus não te seguirem os trilhos,

Esperemos nesse Pai de que todos somos filhos.


Na pobreza ou na fortuna, esforça-te, meu amigo.

Exemplifica o trabalho e Deus estará contigo.