Thursday, November 27, 2008

ARROGÂNCIA

Um calouro muito arrogante, que estava assistindo a um jogo de futebol, tomou para si a responsabilidade de explicar a um senhor já maduro, próximo dele, por que era impossível a alguém da velha geração entender esta geração.

-Vocês cresceram em um mundo diferente, um mundo quase primitivo - o estudante disse alto e claro de modo que todos em volta pudessem ouvi-lo.

-Nós, os jovens de hoje, crescemos com televisão, celulares, aviões a jato, viagens espaciais, homens caminhando na Lua, nossas espaçonaves tendo visitado Marte. Nós temos energia nuclear, carros elétricos e a hidrogênio, computadores com
grande capacidade de processamento e ... - fez uma pausa para tomar outro gole de cerveja.

O senhor se aproveitou do intervalo do gole para interromper a liturgia do estudante em sua ladainha e disse:

-Você está certo, filho. Nós não tivemos essas coisas quando nós éramos jovens... por isso nós as inventamos.
E você, um porqueira arrogante dos dias de hoje, o que você está fazendo para a próxima geração?

Foi aplaudido ruidosamente !


Que tal desenvolver a compaixão?

"Aprender a resistir na época de frustração, sofrimento e tristeza faz parte do nosso treinamento em serviço. Tais experiências, embora muito difíceis de suportar na ocasião, são exatamente aquelas que ampliam nossa compreensão, edificam nosso caráter e fazem aumentar nossa compaixão pelos outros.”



Elder Joseph B. Wirthlin – Aconteça o Que Acontecer, Desfrute – A Liahona Novembro 2008

Friday, November 21, 2008

Questão de poucos graus


Em abril desse ano (2008), assisti um amigo discursar... ele relatou uma história que me chamou a atenção...

Em 1979, um grande avião de passageiros com 257 pessoas a bordo partiu da Nova Zelândia para um vôo turístico para a Antártida. Sem que os pilotos soubessem, porém, alguém havia modificado as coordenadas do vôo em apenas dois graus. Esse erro colocou a aeronave 45 quilômetros a leste de onde os pilotos achavam estar. Ao se aproximarem da Antártida, os pilotos desceram para uma altitude menor a fim de que os passageiros pudessem apreciar melhor a paisagem. Embora fossem pilotos experientes, nenhum dos dois havia feito aquele vôo antes, e não havia como saber que as coordenadas incorretas os colocaram diretamente no rumo do monte Erebus, um vulcão ativo que se eleva da paisagem gelada até uma altitude de mais de 3.700 metros.

Naquele vôo, o branco da neve e do gelo que cobriam o vulcão se mesclou ao das nuvens, dando-lhes a impressão de que voavam sobre terra plana. Quando os instrumentos soaram o alarme de que o solo estava erguendo-se rapidamente em sua direção, era tarde demais. O avião se chocou contra a encosta do vulcão, matando todos a bordo.

Foi uma tragédia terrível provocada por um pequeno erro: uma questão — de cálculo — de poucos graus.

A diferença entre a felicidade e a infelicidade para pessoas, casamentos e famílias muitas vezes se resume a um erro — de cálculo — de poucos graus.

Suponhamos que tivessemos que decolar de um aeroporto localizado sobre a linha do Equador, com a intenção de dar a volta ao mundo, mas fossemos desviados do curso em apenas um grau. Quando voltassemos para a mesma longitude, a que distância estariamos do curso certo? Alguns quilômetros? Cem quilômetros? A resposta talvez nos surpreenda. Um erro de apenas um grau iria desviar-nos quase 800 quilômetros do curso, ou seja, uma hora de vôo para um avião a jato.

Ninguém quer terminar a vida em tragédia. Muitas vezes, porém, tal como os pilotos e passageiros daquele vôo turístico, saímos para o que supomos ser uma viagem emocionante, para perceber, já tarde demais, que um erro — de cálculo —de uns poucos graus nos colocou no rumo de um desastre espiritual.

Extraído e adaptado de um discurso de Dieter Utchdorf. Quer saber mais ?

Click Questão de poucos graus

Monday, November 17, 2008



Mais uma do Jabor... difícil não concordar!


- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. ..
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.
- Brasileiro é um povo alegre. Mentira
. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.

Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

-
Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira
.

Brasileiro é vagabundo por excelência.

O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.

Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.


- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.

Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da
Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense !

O famoso jeitinho brasileiro.

Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?? ?
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.

Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro !?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.

Puxa, essa eu não vou nem comentar...

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.

Para finalizar tiro minha conclusão:


O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

Monday, November 10, 2008

Ao meu amor,

Houve um tempo em que o tempo passava sem pressa; havia tempo para que o tempo usasse o tempo que fosse necessário.

Naquele tempo o tempo parecia interminável, infinito; pois os dias pareciam ter mais que 24 horas, o entardecer tingia o céu com seus matizes escarlates despertando em meu coração os mais profundos e pungentes sentimentos.

Houve um tempo onde a melodia dos pássaros se fazia mais presente e constante que o ronco dos motores e os desafinados tons das buzinas.

Víamos mais arco-íris, sentíamos o cheiro da terra molhada no início de cada chuva, o sabor das goiabas colhidas ali mesmo no pé e o frescor da natureza nos ventos primaveris.

Houve um tempo de super heróis, super poderes, super velocidades e vilões que, no fundo, só queriam se fazer notar e ter o carinho e a aceitação da sociedade.

Houve um tempo de incontáveis olhadas no relógio, contando cada segundo que faltava para o próximo encontro, o próximo abraço, o próximo beijo...

Mas esse tempo não existe mais; na verdade ele só continua a viver em minha memória a cada vez que lembro do teu sorriso adolescente e do teu olhar de esperança no futuro, no tempo em que o tempo seria só nosso!

Um tempo para mãos dadas, para sorrisos e gargalhadas sem motivo; tempo para pedir que o tempo passe mais depressa quando estou longe de ti para que sobre mais tempo quando estou contigo.

Mas parece que esse nosso companheiro constante (o tempo) adora nos pregar peças e tem como ponto fraco o egoísmo, porque sempre quer mais tempo somente para si, roubando de nós o precioso tempo com quem mais amamos...

Sonho com o tempo em que o tempo deixará de existir, em que os dias não serão mais em horas e sim em períodos de tempo sem tempo ou pressa para acabar; sem início e sem fim, apenas com todo o tempo que o tempo tem e muito mais; pois assim é o amor: Eterno, Atemporal, sem inicio de dias ou fim de anos; tempo que não se conta; se vive !!!

Amo você...

Wednesday, August 27, 2008

"Concordo com você na idéia de juntarmos as forças, pois esse Mercado é Nosso e precisamos salvá-lo"



Interessante o ponto de vista desse meu colega:


"Ponto de partida perigoso, cumpade! E um tanto equivocado. O mercado automobilístico não é uma propriedade dos metalúrgicos ou dos vendedores de concessionárias. O mercado editorial não é propriedade do Rubem Fonseca, do João Ubaldo, do Paulo Coelho ou da Bruna Surfistinha. Nem do gerente da Siciliano. A oferta e procura de táxis na cidade não é da alçada do motorista do ponto perto da minha casa ou do frentista do posto em que ele se abastece. O mercado de alimentação não é propriedade do Chiquinho, garçom do Eskina Grill nem do cozinheiro que faz aquele fantástico contra com legumes no Giló.

Nenhum mercado é propriedade de parte dos profissionais que atuam nele. A frase já era perigosa e equivocada no formato em que foi inventada, há uns vinte anos: “A profissão é nossa”. Já não era verdade e conduzia as pessoas a enganos nesse formato. Ampliada para “O mercado é nosso”, se torna só um equívoco maior.

Acho que podemos e que devemos sempre tentar salvar o chamado “mercado”. Mas achar que ele é “nossa propriedade” nos leva a acreditar que é nosso direito sagrado MANDAR no mercado, DECIDIR o bem e o mal e, principalmente, autorizar ou proibir a participação de outras pessoas no “mercado” e nas decisões do “mercado”. Se cada simples atuante desse mercado acredita nessa propriedade e se norteia por essa idéia, imagine a plenipotencia que um PRESIDENTE, chefe em comando “eleito” desse mercado, não irá presumir.

E é disso que estamos tratando, não? Supostos proprietários de um mercado que tomam decisões autoritárias a seu bel prazer. Ora, se somos donos do mercado, o chefe dos donos é dono dos donos. Nada a estranhar. Nada a reclamar.

Obs.: Sou antiguinho. Os substantivos e adjetivos estão no masculino como uma generalização, como se usava antes de importarmos as bobagens politicamente corretas dos americanos. Como não tenho muito saco para aquele papo de “o profissionial ou a profissional”, “o ator ou a atriz”, “o chefe ou a chefe”, generalizo da forma como se fez durante séculos na Língua Portuguesa."

Nelson Machado

Wednesday, August 13, 2008

Pai, com fome!


Ricardinho não aguentou o cheiro bom de pão e falou:

-Pai, com fome!

O pai, Agenor , sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência...

- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu com muita fome, pai!

Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente...

Ao entrar dirige-se a um homem no balcão:

-Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!

Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho...

Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF (Prato Feito), arroz, feijão, bife e ovo...

Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua...

Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá...

Lágrimas rolavam por sua face já na primeira garfada...

A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades...

Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:

- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!?!

Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer...

Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho...

Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas...

Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório....

Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de pequenos 'biscates aqui e acolá', mas que há 2 meses não recebia nada...

Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias...

Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho...

Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homem sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso...

Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores...

No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho; Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia estava ajudando...

Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele chamava-o para ajudar aquela pessoa...

E ele não se enganou; durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres...

Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar...

Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta...

Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula...

Agora Agenor, ou melhor; Dr. Agenor Baptista de Medeiros , advogado, abriu seu escritório para seu primeiro cliente, e depois outro, e depois mais outro...

Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante em seu primeiro terno...

Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço...

Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho , o agora nutricionista Ricardo Baptista...

Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um...

Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido...

Ricardinho , o filho mandou gravar na frente da "Casa do Caminho", que seu pai fundou com tanto carinho:

"Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!"

Tuesday, August 12, 2008

CARTA AOS PAIS

Não podes viver a esmo, numa estrada indefinida.

Um pai tem obrigações das mais nobres que há na vida.


Meu irmão, em tua casa, nas ternuras dos filhinhos,

Personifica o bom-senso entre os beijos e os carinhos.


Por enquanto, a Terra inteira inda é um mar encapelado.

Se não dominas a onda virás a ser dominado.


Entende a luz do caminho.

A tua finalidade não é somente a da espécie

Nas lutas da humanidade.


Exige-se muito mais dos teus esforços no mundo,

Recebeste de Jesus um dom sagrado e profundo.


Se a missão das mães terrestres é conduzir e ensinar,

O teu trabalho é de agir no esforço de transformar.


Não olvides teus deveres na esfera da educação,

Fazendo de tua casa a escola de redenção.


Um pai que deixa os filhinhos abandonados ao léu

Não corresponde no mundo à confiança do céu.


Cuida bem dos pequeninos.

A educação tem segredos que devem ser estudados desde os tempos dos brinquedos.


A tua função no lar não é somente prover,

Mas adotar providências, procurando esclarecer.


Ensina os teus a gastar.

Quem vive muito à vontade pode encontrar a miséria no fim da ociosidade.


Gastar somente o que é justo é ser prudente e cristão.

Quem gasta o que não é seu faz dívidas de aflição.


Luta sempre, mas se os teus não te seguirem os trilhos,

Esperemos nesse Pai de que todos somos filhos.


Na pobreza ou na fortuna, esforça-te, meu amigo.

Exemplifica o trabalho e Deus estará contigo.

Wednesday, July 16, 2008

Quisera eu que todo ser humano pensasse... e lesse.... ou vice-versa...

A Mulher que lê


Um casal sai de férias para um hotel-fazenda. O homem gosta de pescar e a mulher gosta de ler. Uma manhã, o marido volta de horas pescando e resolve tirar uma soneca.Apesar de não conhecer bem o lago, a mulher decide pegar o barco do marido e ler no lago.

Ela navega um pouco, ancora, e continua lendo seu livro. Chega um tenente da guarda ambiental do parque em seu barco, para ao lado da mulher e fala:

- Bom dia, madame. O que está fazendo?

- Lendo um livro - responde, pensando: será que não é óbvio?

- A senhora está em uma área restrita em que a pesca é proibida, informa.

- Sinto muito, tenente, mas não estou pescando, estou lendo.

- Sim, mas com todo o equipamento de pesca. Pelo que sei, a senhora pode começar a qualquer momento.Se não sair daí imediatamente, terei de multá-la e processá-la.

- Se o senhor fizer isso, terei que acusá-lo de assédio sexual.

- Mas eu nem sequer a toquei! - diz o tenente da guarda ambiental.

- É verdade, mas o senhor tem todo o equipamento. Pelo que sei, pode começar a qualquer momento.

- Tenha um bom dia, madame - diz ele, e vai embora.

Moral da história:
Nunca discuta com alguém que lê. Certamente essa pessoa pensa.
Nunca é tarde pra começar a ler! Comece hoje!

Friday, July 11, 2008


Mundo Louco !

Uma pergunta e um comentário feitos por uma menina de 12 anos que sempre estudou em colégios particulares.

A pergunta: que feriado é esse do dia 9 de julho?

O comentário: feriado durante as férias não tem graça nenhuma!

Fiquei assustado porque imaginava que qualquer garoto (a) de 12 anos soubesse ou, ao menos, já tivesse ouvido falar na Revolução Constitucionalista de 1932!

Já que isso não aconteceu, imagino a próxima pergunta: O que é MMDC? Algum movimento novo de grupos de “sem isso” ou “sem aquilo”?

Seria um grupo de Monges Meditabundos Do Capeta? Ou Mães Martirizadas Dentro de Casa?

Quem seriam Martins, Miragaia, Drauzio e Camargo? Os líderes do grupo? Espiões de Portugal?

Não adianta ficar triste por muito tempo porque vivemos em um país em que não se cultuam os personagens importantes de fato, aqueles que fizeram a História.

Se nós não conseguimos ensinar nem a História do Brasil aos nossos jovens, não temos o sentido de Patriotismo (exceto no Futebol) não cuidamos do que temos de bom, não estamos nem aí para a proteção da Natureza!!!

Porque demonizar Hitler, Mussolini, Mao, Saddam Hussein, George W. Bush?

O nosso povo não tem noção do que aconteceu no passado longínquo ou recente!

O pior é que o mundo todo parece estar anestesiado, estamos agredindo a natureza há centenas de anos e hoje somos vítimas conscientes do “progresso” e de altas tecnologias mal utilizadas.

A grande verdade é que entramos em uma estrada que nos leva diretamente à destruição dos nossos semelhantes, os assim chamados “animais racionais” e irracionalmente estamos destruindo o Planeta Terra, ou seja, é o nosso fim cada vez mais próximo!!!

Sunday, July 06, 2008

O que as escolas não ensinam ...


Para qualquer pessoa com filhos de qualquer idade ou qualquer pessoa que já foi criança, aqui estão alguns conselhos sobre 11 coisas que estudantes não aprendem na escola.
A política do "sentir-se bem" tem criado uma geração de crianças sem conceito da realidade e esta política tem levado várias pessoas a falharem em suas vidas. Mas no papel de pais temos o dever de ensinar de forma adequada esses princípios preciosos.

Regra 1 : A vida não é fácil - acostume-se com isso.

Regra 2 : O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo.

Regra 3 : Você não ganhará US$ 40.000 por ano assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.

Regra 4 : Se você acha seu professor rude, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você.

Regra 5 : Fritar hambúrgueres não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.

Regra 6 : Se você fracassar, não é culpa de seus pais, então não lamente seus erros, aprenda com eles.

Regra 7 : Antes de você nascer seus pais não eram tão chatos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você falar o quanto você mesmo era legal. Então antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.

Regra 8 : Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real.

Regra 9 : A vida não é dividida em semestres.Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

Regra 10 : Televisão NÃO É vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a cafeteria e ir trabalhar.

Regra 11 : Seja legal com os nerds. Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles.

Thursday, July 03, 2008

A CHAVE DO SUCESSO ESTA NO CORAÇÃO

Uma característica fundamental das pessoas bem-sucedidas é sua habilidade em descobrir o que elas fazem bem, e fazem isso com paixão, independentemente de serem observadas ou não.

Curtis Carlson recomenda "você precisa escutar o seu próprio coração. Você não pode ser bem-sucedido se não está feliz com o que está fazendo".
Aqui, a chave está em envolver-se com algo que utiliza as habilidades que Deus lhe deu. Não posso imaginar nada pior do que tentar me motivar para um cargo ou atividade que não faz jus aos meus talentos.

Michael Korda disse: "Suas chances de sucesso são diretamente proporcionais ao grau de prazer que você extrai daquilo que faz. Se você está em um emprego que odeia, encare o fato de frente e saia".

Como diz o velho ditado, "se o cavalo esta morto, desmonte".Eu não posso imaginar que é possível subir além de onde você está, sem assegurar-se primeiro que onde você está é onde você quer estar.
Antes de pular fora, pense nisto. Se você tem um emprego que não o estimula, não o realiza, e não o deixa cheio de energia, talvez exista uma solução simples.

O que acha de mudar de atitude quanto ao seu emprego?
Talvez você não precise desmontar. Se você mudasse sua maneira de encarar sua vida, isso talvez poderia acender uma nova chama.

Whit Hobbs escreveu: "Sucesso é acordar pela manhã, seja você quem for, qualquer que seja o lugar onde você se encontra, se velho ou moço, e pular fora da cama porque existe algo lá fora que você adora fazer, algo em que você acredita, algo em que você é bom - algo que é maior que você, e que você mal pode esperar para lidar com isto novamente hoje".

Abordando tudo que você faz, com aquela atitude confiante, o resultado certamente estará destinado a ser um sucesso.

Wednesday, June 18, 2008


HÁBITOS MENTAIS

(mudança de)

Desde que evoluir, se desenvolver, viver e vencer dependem do pensamento, porque dele provêm, é importante pensar de forma variável, substituindo pensamento incorreto por outro favorável. Como é do ser humano, temos o hábito de dizer que não sabemos discernir qual o pensamento ideal daquele outro que é pernicioso, mas basta que façamos uma avaliação sincera do que usamos de bengala para sustentar o já experimentado e perturbador, e descobriremos qual nos entorpece.

A princípio, a acomodação nos levará a repetir-nos e a não acreditar no êxito da experiência em formação. Cabe-nos, nesse caso, insistir e perseverar, procurando abrir espaço no campo mental viciado, plantando as sementes novas do otimismo e da esperança, a fim de sair do estado doentio. Logo depois, é imprescindível começar a valorizar tudo quanto se encontra à nossa volta, estabelecendo novos padrões de compreensão, assim libertando-nos das construções negativas, pessimistas e perniciosas.

O novo hábito irá se implantar lenta, mas continuamente no subconsciente, até tornar-se parte integrante do comportamento.

Pensar bem ou mal é uma questão de hábito. Toda vez que ocorrer um pensamento servil, doentio, perverso, malicioso, injusto, de imediato substituí-lo por um digno, saudável, amoroso, confiante, justo, sustentando-o com a onda de irradiação do desejo de que assim seja realizado. O que se pensa torna-se realidade, como é natural. Como imagina o homem em seu coração, assim ele é.

Eis por que pensar e agir são termos da mesma equação existencial.

Primeiro pensar, para depois agir, a fim de que não venha a agir antes, arrependendo-se quando passe a ponderar no ato realizado.

Thursday, June 12, 2008

Essa é um tapa com luva de boxe!


Depois de 21 anos de casado, descobri uma nova maneira de manter viva a chama do amor.
Há pouco tempo decidi sair com outra mulher
Na realidade foi idéia da minha esposa.
- Você sabe que a ama! - disse-me minha esposa um dia, pegando-me de surpresa.
A vida é muito curta, você deve dedicar um tempo especial a essa mulher...
- Mas, eu te amo!!! - protestei à minha mulher.
- Eu sei. Mas, você também a ama. Tenho certeza disto.
A outra mulher, a quem minha esposa queria que eu visitasse, era minha mãe, que já era viúva há 19 anos, mas as exigências do meu trabalho e de meus 3 filhos faziam com que eu a visitasse ocasionalmente.
Essa noite, a convidei para jantar e ir ao cinema.
- O que é que você tem? Você está bem? -perguntou-me ela, após o convite.
(Minha mãe é o tipo de mulher que acredita que uma chamada tarde da noite, ou um convite surpresa é indício de más notícias).
- Pensei que seria agradável passar algum tempo contigo - respondi a ela
- Só nós dois; o que acha?
Ela refletiu por um momento.
- Me agradaria muitíssimo - disse ela sorrindo.
Depois de alguns dias, estava dirigindo para pegá-la depois do trabalho, estava um tanto nervoso, era o nervosismo que antecede a um primeiro encontro...
E que coisa interessante, pude notar que ela também estava muito emocionada.
Esperava-me na porta com seu casaco, havia feito um penteado e usava o vestido com que celebrou seu último aniversário de bodas.
Seu rosto sorria e irradiava luz como um anjo.
- Eu disse a minhas amigas que ia sair com você, e ficaram muito impressionadas.
Comentou enquanto subia no carro. Fomos a um restaurante não muito elegante, mas, sim, aconchegante, minha mãe se agarrou ao meu braço como se fosse 'a primeira dama'.
Quando nos sentamos, tive que ler para ela o menu.
Seus olhos só enxergavam grandes figuras.
Quando estava pela metade das entradas, levantei os olhos; mamãe estava sentada do outro lado da mesa, e me olhava fixamente.
Um sorriso nostálgico se delineava nos seus lábios.
- Era eu quem lia o menu quando você era pequeno, - disse-me.
- Então é hora de relaxar e me permitir devolver o favor - respondi.
Durante o jantar tivemos uma agradável conversa; nada extraordinário só colocando em dia a vida, um para o outro.
Falamos tanto que perdemos o horário do cinema.
- Sairei contigo outra vez, mas só se me deixares fazer o convite disse minha mãe quando a levei para casa.
E eu concordei.
...
- Como foi teu encontro? - quis saber minha esposa quando cheguei naquela noite.
- Muito agradável... Muito mais do que imaginei...
Dias mais tarde minha mãe faleceu de um infarto fulminante, tudo foi tão rápido, não pude fazer nada.
Depois de algum tempo recebi um envelope com cópia de um cheque do restaurante de onde havíamos jantado minha mãe e eu, e uma nota que dizia: "O jantar que teríamos paguei antecipado, estava quase certa de que poderia não estar ali, por isso paguei um jantar para ti e para tua esposa. Jamais poderás entender o que aquela noite significou para mim. Te amo".
Nesse momento compreendi a importância de dizer a tempo: "TE AMO", e de dar a nossos entes queridos o espaço que merecem; Nada na vida será mais importante que Deus e as pessoas que você ama!!
Dedique tempo a eles, porque eles não podem esperar.

Sunday, June 08, 2008


Recebi essa carta por e-mail que, se não for verdadeira, no mínimo expressa a opnião de inúmeros brasileiros...


Que essa carta seja lida por todos, independente de religião, política, cor e condição social... redigida apenas como desabafo de uma brasileira que como o Lula, saiu do nada, mas não perdeu a humildade e nem a dignidade.

Bom dia Luiz Inácio,

Não lhe chamo de Dr. porque isso você não o é, muito menos de presidente porque não tenho obrigação nenhuma de chamar de algum título um boa-vida, cachaceiro, ignorante, amoral, ladrão e desmemoriado .

Sabe Luiz, tal como você também sou de origem humilde, minha mãe lavou muita roupa e fez muito crochê para me criar, depois minhas irmãs cresceram e foram ser tecelãs numa industria em Bauru...estudamos em escola pública, naquele tempo nem calçado tinha , ganhava roupas usadas e me sentia uma rainha.

Com muito custo estudamos Luiz Inácio, desde 5 anos eu já ajudava em casa para minhas irmãs trabalharem e minha mãe também. Com 12 anos comecei a trabalhar fora, doméstica, depois metalúrgica , até que terminei meu colégio e ingressei numa Universidade Pública.

Luiz Inácio, nunca fiz cursinho, nunca fui incentivada, levantava as 4 e ia dormir 1 da manhã, tomava vários ônibus, caminhei muito, comia pouco, vivia para os estudos, e engraçado, nunca perdi um ano, nunca perdi uma aula e Graças a Deus, em 1983 me formei em Medicina.
Me especializei, me casei e junto com meu marido luto para dar o melhor para as minhas filhas.
Hoje sou preceptora em uma Universidade, ganho tão pouco que é uma vergonha ser médico nesse país...depois que você quis brincar de presidente, as coisas pioraram ainda mais...mas o que se há de fazer.

Agora, vem cá:
Você é pobre e não teve condição de estudar???
Não me engana com esse rosário...mas não mesmo...
Sua mãe era analfabeta?
Empatamos; a minha também, eu ensinei a ela conforme ia me alfabetizando até aparecer o Mobral - desculpinha esfarrapada essa sua heim???
Eu engoli você esses 4 anos, com suas gafes, seus roubos, (e como sei de coisas...conheço o Palocci)...e sempre fiquei na minha, quieta porque é um direito seu...
Mas hoje, ao ligar a televisão e ver você, hipocritamente chamar a todos brasileiros de burros e incompetentes, lamento, mas foi a gota d'água! ...não julgue os outros por você...não me compare a sua laia ...
Sou apolítica, mas sou brasileira e em momento algum o senhor fez por merecer todo carinho que essa gente lhe dá.
Luiz Inácio, falar que o POVO BRASILEIRO NÃO TEVE INTELIGÊNCIA SUFICIENTE PARA DECIDIR A ELEIÇÃO , creia, foi a pior frase que você poderia ter dito...
Posso até concordar que 48% não teve inteligência porque vive na ignorância, na mesma que você julga que o povo brasileiro tem.

Eu só espero que essa sua frase, dita num sorriso de quem já tinha bebido todas...ecoe de Norte ao Sul do País e acorde esse povo que como eu lutou muito para chegar onde está...que como eu não agüenta mais pagar impostos para o senhor e sua corja gastarem com sabe-se lá o quê.
Foi mal Luiz Inácio...muito mal mesmo.
Uma brasileira.

DRA. MARISE VALÉRIA SANTOS (CRM 77.557)

Friday, June 06, 2008

Estava pensando nesses dias sobre os encontros e despedidas dessa vida. Um amigo de família que faleceu e deixou para trás 46 anos de um casamento feliz. Enquanto isso, conheço pessoas que se queixam da falta de homens e mulheres no "mercado". E quando digo falta, essas pessoas falam em cara metade, em alguém para casar e compartilhar a história de uma vida.

O problema é que ninguém admite públicamente que procuram um amor ou então esperam encontrar alguém pronto, feito e com a vida feita. Me lembrei da época em que as "baladas" aconteciam nas garagens do bairro e reuniam dezenas de pessoas que aguardavam ansiosamente a seleção de lentas. Bom partido tinha de ser pé de valsa, falar macio e ter muito charme.

Quantos namoros e até mesmo casamentos surgiram dessas danças à dois!

Hoje em dia está cada vez mais raro o pé de valsa; o falar macio é coisa suspeita e o charmoso é, apesar de lindinho, taxado de de gay. (e deixo bem claro que a conotação aqui não preconceituosa, apenas o que se ouve por aí porque, afinal, o gay não se interessaria pela hetero a não ser para amizade).

E pensando sobre o assunto, nas andanças e leituras afins, deparei-me com um texto atribuído a Arnaldo Jabour que traduz o que pensei em escrever (agora, se o texto não for dele, parabéns à quem o escreveu!). Eis o dito cujo:


Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: “Digam o que disserem, o mal do século é a solidão”. Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias. Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos “personal dance”, incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvída?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão“apenas” dormir abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.

Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a “sentir”, só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: “Quero um amor pra vida toda!”, “Eu sou pra casar!” até a desesperançada “Nasci pra ser sozinho!” unindo milhares ou melhor milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.

Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, demodé, brega.
Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, “pague mico”, saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: “vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida”.

Antes idiota que infeliz !
Arnaldo Jabour


E aqui, retomo meu pensamento e concluo:
Que saudade dos meus bailinhos de garagem, das seleções de lentas, dos programas de amor nas rádios (Love Songs, Old Times e por aí vai), dos locutores que eram comunicadores (categoria que felizmente fiz parte e história) e não apenas anunciadores de hora certa. Bons tempos de "idiotice"...

Wednesday, June 04, 2008

Outro dia minha irmã me relatou uma coisa engraçada. Um amigo em comum havia sido advertido a não jogar mais capoeira porque esta seria "vudu" ou "magia" ou coisa parecida. Fiquei perplexo com o fato de não se pesquisar as coisas. Eis o que argumentei:

Primeiramente, a capoeira surgiu da necessidade dos escravos treinarem sua luta sem que os senhores do engenho percebessem. Então fizeram a luta virar dança ao ritmo da macumba, que pra quem não sabe, é um ritmo e não uma religião ou seita. Diversas culturas, seitas e religiões se utilizam da macumba. Se pararmos para pensar, todo fevereiro temos muita macumba no Brasil ou, em outras palavras, carnaval!

Foi então que me ocorreu:
Se capoeira é magia, muitas outras manifestações culturais também o são! Algumas mais, outras menos explícitas. Por exemplo:

CARNAVAL
A história do carnaval começa no princípio da nossa civilização, na origem dos rituais, nas celebrações da fertilidade e da colheita nas primeiras lavouras, às margens do Nilo, há seis mil anos atrás.Os primeiros agricultores exerciam a capacidade humana, que já nas nas cavernas se distingiuia em volta da fogueira, da dança, da música, da celebração...

Foram na intenção da Deusa Isis, no Egito Antigo, as primeiras celebrações carnavalescas.Com a evolução da sociedade grega evoluiram os rituais, acrescidos da bebida e do sexo, nos cultos ao Deus Dionisus com as celebrações dionisíacas.Na Roma Antiga bacanais, saturnais e lupercais festejavam os Deuses Baco, Saturno e Pã. A Sociedade Clássica acrescenta ainda uma função política de distenção social às celebrações, tolerando o espírito satírico, a crítica aos governos e governantes nos festejos.

A civilização judaico cristã fundamentada na abstinência, na culpa, no pecado, no castigo, na penitência e na redenção renega e condena o carnaval e muito embora seus principais representantes fossem contrários à sua realização, no séc. XV, o Papa Paulo II contribuiu para a sua evolução imprimindo uma mudança estética ao introduzir o baile de máscaras quando permitiu que em frente ao seu palácio, na Via Lata, se realizasse o carnaval romano. Como a Igreja proibira as manifestações sexuais no festejo, novas manifestações adquiriram forma: corridas, desfiles, fantasias, deboche e morbidez. Estava reduzido o carnaval à celebração ordeira, de carater artístico, com bailes e desfiles alegóricos.

Depois do Egito, o primeiro, do segundo em Grécia e Roma Antigas e do terceiro, no Renascimento Europeu, particularmente em Veneza, o Carnaval encontra no Rio de Janeiro o seu quarto centro, resgatando o espírito de Baco e Dionisus.

E o nome carnaval?

Em Roma, em Glória ao deus Saturno, comemoravam-se as Saturnais.Esse festejos eram de tamanha importância que tribunais e escolas fechavam as portas durante o evento, escravos eram alforriados, as pessoas saíam às ruas para dançar. A euforia era geral. Na abertura dessas festas ao deus Saturno, carros buscando semelhança a navios saíam na "avenida", com homens e mulheres nus. Estes eram chamados os carrum navalis. Muitos dizem que daí saiu a expressão carnevale.

FUTEBOL

A "paixão nacional" remonta aos mesmos rituais, celebrações da fertilidade e da colheita nas lavouras, acrescido de outro ingrediente: a violência. Isso mesmo!
A data exata do surgimento do futebol é algo que ninguém pode afirmar com convicção. A ação de chutar algum objeto sempre esteve presente na história da humanidade, seja uma pedra, uma fruta ou até um crânio.

Jogos que utilizam os pés como instrumentos existem há milhares de anos - há registros que datam de 4.500 anos antes de Cristo. Exemplo disso é o kemari, criado no Japão, na época dos imperadores Engi e Tenrei. Os nobres da corte imperial praticavam o esporte em volta de uma cerejeira. O jogo consistia em tocar uma bola feita de fibra de bambu com os pés e as mãos. Sem espírito competitivo, era executado com delicadeza e habilidade. Lembrava mais uma encenação, sem haver uma pontuação.

Outro parente próximo do futebol é o Tsu-chu, que foi criado na China, por volta de 1.400 A.C. No Tsu-chu os praticantes tinham que passar uma bola por quatro metas de cada lado. A bola era bem pesada e o objetivo principal desse esporte era o treinamento militar; mas logo os nobres se interessaram pelo jogo e começaram a praticá-lo. Tornou-se uma atividade de lazer da nobreza. Só no século II, na época da dinastia Han, o futebol finalmente chegou ao povo.

Na Grécia antiga, homens e mulheres nus lambuzados com óleos aromáticos praticavam um esporte semelhante ao balé. Em praças ou em ginásios, os atletas conduziam a bola com movimentos harmoniosos, sensuais e com muito erotismo.

Na Roma dos grandes Imperadores, a violência regia o esporte chamado de Harpastum. Júlio César era um grande apreciador e incentivador desta modalidade, que era praticada pelas tropas do Imperador, entre uma batalha e outra. O objetivo era entreter e manter a forma física dos soldados, funcionando como treinamento para estas tropas. Para impedir o adversário de marcar um "gol", valia tudo menos matar o oponente. A violência era tanta, que após os treinos muitos homens morriam ou ficavam feridos. Há um relato de que num determinado dia, César ficou sabendo que "somente" 25 homens haviam morrido, no treino da manhã. Com isso, avisou ao general Spartacus que, se após o outro treino o número de mortos continuasse baixo, ele só iria permitir a prática do esporte para mulheres. No dia seguinte, para a felicidade do Imperador, o número de mortos aumentou para 47. É a primeira "pressão da diretoria" que se tem notícia, né?
Em Florença, na Idade Média, surgiu o Calccio Fiorentino, considerado o pai do futebol moderno. O jogo era realizado na Praça Della Signoria de Florença, entre duas equipes, que poderiam usar as mãos e os pés para movimentar a bola. A finalidade era conduzir a pelota até o reduto do adversário. Mas, como sempre, a violência era permitida, tolerada e incentivada...Com o "sucesso" do esporte, ele chegou a Roma (de novo!?) e era jogado em uma praça ao redor do Vaticano, tendo como praticantes os papas Clemente VII, Leão X, Urbano VIII e até Santo Agostinho (um possível motivo dos padres agostinianos serem incentivadores do futebol em suas escolas pelo mundo).

Na França, o Soule, semelhante ao Calccio Fiorentino, mas parente distante do futebol, atravessou fronteiras e chegou à Grã-Bretanha, onde evoluiu e aprimorou-se, chegando ao surgimento do rugby (semelhança com o harpastum não é mera coincidência). Este esporte violento tornou-se uma grande paixão, tendo como praticantes arruaceiros, brigões, sádicos e afins. A bola era apenas pretexto para a pancadaria que sempre se seguia. Ferimentos sérios e até mortes eram freqüentes. O critério do jogo era levar a bola da praça de uma cidade até a praça da cidade adversária. Quem chegasse primeiro até o recinto do inimigo era o vencedor. O rei Eduardo II acabou proibindo o jogo. Quem infringisse a ordem seria executado.

Já na metade do século XIX, este esporte evoluiu (sic) e começou a ser chamado de rugby. Entre os muitos clubes praticantes, na verdade restritos às universidades que abraçaram a prática, alguns preferiam jogar a bola com os pés, chamando-o de football. Doze clubes, ou associações, adeptos ao jogo com os pés, marcaram uma reunião para tomar uma decisão: queriam praticar um esporte menos violento e com regras mais definidas que as do rugby.

No encontro que ocorreu na cidade de Londres, em 26 de outubro de 1863, os clubes criaram a Football Association e adotaram as regras que haviam sido criadas pela Universidade de Cambridge. Ficou descidido que cada equipe teria no máximo onze e no mínimo sete jogadores. No decorrer dos anos a demais regras foram introduzidas e aprimoradas como, por exemplo, goleiro, tamanho do gol, juíz, etc.

Resolvi citar apenas dois exemplos entre tantos para justamente levar à reflexão e instigar a pesquisa histórica a fim de que não saimos por aí atirando pedras no telhado alheio pois, como podemos observar, o nosso pode ser de vidro não é mesmo ? Afinal, capoeira, carnaval, futebol, artes marciais, ritmos e tradições quase sempre tem o mesmo passado comum...

Fontes pesquisadas: History Channel, Discovery, sites diversos