Friday, November 21, 2008

Questão de poucos graus


Em abril desse ano (2008), assisti um amigo discursar... ele relatou uma história que me chamou a atenção...

Em 1979, um grande avião de passageiros com 257 pessoas a bordo partiu da Nova Zelândia para um vôo turístico para a Antártida. Sem que os pilotos soubessem, porém, alguém havia modificado as coordenadas do vôo em apenas dois graus. Esse erro colocou a aeronave 45 quilômetros a leste de onde os pilotos achavam estar. Ao se aproximarem da Antártida, os pilotos desceram para uma altitude menor a fim de que os passageiros pudessem apreciar melhor a paisagem. Embora fossem pilotos experientes, nenhum dos dois havia feito aquele vôo antes, e não havia como saber que as coordenadas incorretas os colocaram diretamente no rumo do monte Erebus, um vulcão ativo que se eleva da paisagem gelada até uma altitude de mais de 3.700 metros.

Naquele vôo, o branco da neve e do gelo que cobriam o vulcão se mesclou ao das nuvens, dando-lhes a impressão de que voavam sobre terra plana. Quando os instrumentos soaram o alarme de que o solo estava erguendo-se rapidamente em sua direção, era tarde demais. O avião se chocou contra a encosta do vulcão, matando todos a bordo.

Foi uma tragédia terrível provocada por um pequeno erro: uma questão — de cálculo — de poucos graus.

A diferença entre a felicidade e a infelicidade para pessoas, casamentos e famílias muitas vezes se resume a um erro — de cálculo — de poucos graus.

Suponhamos que tivessemos que decolar de um aeroporto localizado sobre a linha do Equador, com a intenção de dar a volta ao mundo, mas fossemos desviados do curso em apenas um grau. Quando voltassemos para a mesma longitude, a que distância estariamos do curso certo? Alguns quilômetros? Cem quilômetros? A resposta talvez nos surpreenda. Um erro de apenas um grau iria desviar-nos quase 800 quilômetros do curso, ou seja, uma hora de vôo para um avião a jato.

Ninguém quer terminar a vida em tragédia. Muitas vezes, porém, tal como os pilotos e passageiros daquele vôo turístico, saímos para o que supomos ser uma viagem emocionante, para perceber, já tarde demais, que um erro — de cálculo —de uns poucos graus nos colocou no rumo de um desastre espiritual.

Extraído e adaptado de um discurso de Dieter Utchdorf. Quer saber mais ?

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